O despertador tocou as 5:30 da matina. Não acreditei que já estava tocando. Pensei porque eu tinha que acordar aquela hora e lembrei que era o grande dia da meia-maratona. Confesso que imaginei o mico de não conseguir correr, mas achei que seria pior ser zoada depois de criar até um blog sobre a minha performance. Levantei, tomei meu café e fui.
Minha mãe me deu uma carona até a praia do Pepê.. aliás, quase porque tava tudo engarrafado. A Ana minha amiga e vizinha foi comigo. Apesar dela não ter se inscrito, ela ia correr na “pipoca”.
Enfim chegou 7:30 e a galera começou a correr. O intuito era ir devagar e sempre, tentando não parar em momento algum. E assim fui correndo ao lado da Ana. Em Ipanema, lá pelo 11º Km, avistei o povo do grupo de corrida entregando isotônico: era como água no deserto. Depois que eu tomei, fiquei com outro pique.
Já no final de Ipanema, começou a me dar uma “onda”. Juro que não tomei nada ilegal...rs. Deve ter sido a endorfina, sei lá. Só sei que foi uma loucura. Apertei o passo deixando a Ana pra trás. E comecei a conversar com Deus e a ficar emocionada. Quase chorei...rs
No 15º Km passei perto da minha casa. Não tinha ninguém me esperando, nem o Chileno que foi pro Rio teoricamente pra me ver correndo. Fala sério! Era só sentar lá e me esperar, mas tudo bem.
No 15º Km passei perto da minha casa. Não tinha ninguém me esperando, nem o Chileno que foi pro Rio teoricamente pra me ver correndo. Fala sério! Era só sentar lá e me esperar, mas tudo bem.
Um pouco mais a frente, enfim a única torcedora remanescente: a Carlitcha. Tava lá toda empolgada, gritando “vai Isa” e tirando fotos. Fiquei super feliz, lógico. A essa altura, tive a certeza que conseguiria correr os 6 Km que faltavam. Estava devagar, mas feliz e sempre. Entrei no aterro e o fim não chegava nunca. Perto da chegada se acumulava a torcida da meia-maratona e da maratona. E como eu passei sozinha, estava morrendo de vergonha. Cruzei a linha, após 2 horas e 40 minutos, e só dei uns passos a mais pra não ser atropelada por alguém que pudesse estar vindo atrás. Meu joelho esquerdo doía muito quando eu andava, mas a minha felicidade era maior que qualquer coisa. Dei um tempo e depois fui procurar a barraca do João. Não consegui. Acho que eu tava meio doidinha..rs, daí peguei um busão e fui pra casa. Comi muito, como se estivesse há 2 dias sem comer...rs e passei o resto do dia mancando e exausta, mas claro que valeu o esforço.
E assim termina a história da meia-maratona de 2009. Estou orgulhosa de enfim ter uma meia-maratona no currículo, mas acham que eu já me contentei? Claro que não. E que venha a meia de 2010.
